Atualizada às 18h58
Ex-número 1 do esporte, australiano Dylan Alcott, critica decisão de não incluir categoria na programação
O US Open será o primeiro Grand Slam do tênis a voltar em 2020, mas não com todas as categorias na programação. E uma dessas categorias ausentes é o tênis em cadeira de rodas. Tal decisão contrariou um nome importante do esporte adaptado.
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“Acabaram de anunciar que o US Open continuará sem o tênis de cadeira de rodas. Os jogadores não foram consultados. Eu pensei que tinha feito o suficiente para me qualificar: bicampeão, número 1 do mundo. Mas, infelizmente, senti falta da única coisa que importava: poder andar. Discriminação nojenta!”, escreveu Alcott no Twitter.
O tenista é dono de medalhas em três Jogos Olímpicos (Pequim, Londres e Rio de Janeiro) e nove Grand Slams de tênis em cadeira de rodas.
“E, por favor, não me diga que estou no grupo de risco porque sou deficiente. Tenho deficiência sim, mas isso não me deixa doente. Eu sou mais apto e saudável do que quase todo mundo lendo isso agora. Não há riscos adicionais”, completou o tenista ex-número 1 do mundo.
“Nós pedimos que reconsiderem”
As criticas a organização do US Open encontram eco em Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional.
“Não podemos ficar para trás. Nós pedimos que os organizadores reconsiderem a decisão que poderia potencialmente ser, por anos, um trabalho de promoção e uma amostra do esporte em cadeira de rodas.”, escreveu o presidente em seu Instagram.
“Estamos atentos ao Covid-19, mas isso não pode servir de desculpa para a exclusão e discriminação desses atletas por parte dos organizadores.”, completou o dirigente brasileiro.
Federação se manifesta
A Federação Norte-Americana de Tênis soltou uma nota oficial por meio de seu Twitter
“A Federação Norte-Americana trabalha em conjunto com a ATP e ITF para achar uma solução para a competição em cadeira de rodas e está aberta para ouvir os atletas”, diz um trecho do comunicado.
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