Felipe Melo diz que é momento de união do Brasil e do mundo no combate ao coronavírus
O agora zagueiro Felipe Melo já se mostrou ser favorável ao retorno do futebol brasileiro, mas sempre deixou claro a importância de se fazer isso com cautela. Em entrevista ao jornal ‘O Estado de S. Paulo’, o capitão do Palmeiras deixou claro que o clube não irá peitar ninguém pela volta dos jogos no Brasil.
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“Eu creio que o Palmeiras está agindo de forma cirúrgica. Em nenhum momento ele vai fazer nada que não seja algo autorizado pelo prefeito, governador e a OMS (Organização Mundial de Saúde). A gente não vai peitar ninguém. É claro que a gente quer voltar. Eu sou a favor da volta do futebol, mas com precaução e segurança para todo mundo. Não adianta amanhã, por exemplo, liberarem para jogar futebol e a gente voltar e ter aglomeração, com estádio lotado. O que adianta? Eu, Felipe Melo, sou a favor da volta do futebol, sim, mas com cuidado para todos. Tampouco adianta eu treinar, trabalhar e pegar o vírus, mas chegar em casa e transmitir para o meu pai, para meus filhos. São pessoas que temos de cuidar. Tem de voltar com toda a segurança possível. Nada tem de ser feito com pressa”, disse o jogador.
O camisa 30 também falou sobre os efeitos do período de isolamento e como isso pode impactar nos jogadores. “A gente está em umas férias mais longas. Estamos acostumados a tirar 30 dias, agora já estamos há 80 dias parados. O quesito campo e bola que são realmente os mais importantes. Vamos ter de voltar e sentir de novo o peso da bola, como se faz um passe longo e tal. Isso em uma semana a gente recupera. Mas dentro de campo, a intensidade de jogo vai demorar. Isso não tem jeito. Talvez demore uns cinco ou dez jogos, porque com o tempo você vai reconquistando o que perdeu. É como se fosse uma nova temporada. Eu costumo dizer que quem sabe não tem jeito. Não desaprende.”
Questionado sobre as equipes que já voltaram a treinar e se considera que ela podem ter alguma vantagem quando o futebol retornar, Felipe Melo minimizou. “É claro que quem voltou pode estar um passo à frente, mas ninguém está parado. Assim como nós, do Palmeiras, estamos fazendo nosso trabalho de casa, outros também têm feito. Na minha forma de pensar, alguns times do Rio de Janeiro estão treinando para voltar e jogar o Campeonato Carioca e nós aqui, poderemos voltar a treinar para jogar o Paulista. Mas lá na frente, quanto a gente se encontrar no Brasileiro, já passou tanto tempo que todos vão estar no mesmo patamar”.
MOMENTO POLÍTICO:
O jogador palmeirense deixou claro que não tem acompanhado o noticiário do Brasil. “Tem uma briga política tão grande, né cara? Eu não entendo nada de política. A minha prioridade é não deixar os meus filhos assustados. Minha prioridade é ajudar quem mais precisa. Só vejo televisão para ver futebol ou filme.”
Sobre a conturbada política brasileira, o volante falou sobre seu posicionamento. “Tem certas pessoas quando se assumem para direita, esquerda ou centrão, acabam tomando uma pedrada maior. Mas a verdade é que qualquer coisinha que eu faço já tomo pedrada. Então, uma pedrada a mais ou a menos… O momento não é de falar de política. O momento não é de saber se o cara que está no comando é o da esquerda ou da direita, se é homem ou mulher, se tem seis dedos no pé ou na mão.”
“O importante agora é união, para acabarmos com essa guerra, com esse vírus que está levando tantas pessoas. Eu respondo aquilo que tem de ser respondido. Para mim o que os outros pensam não importa. Sou sempre transparente nas respostas. Se alguém vier falar comigo de política, primeiramente eu não entendo e depois digo que não é o momento. Assim como presidente, governador e ministro, todo mundo quer acabar com esse vírus. É momento de união do Brasil e do mundo”, completou.
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