Apresentador citou morte de massagista do Flamengo em decorrência do COVID-19
Na manhã desta quinta-feira (21), o Flamengo emitiu uma nota oficial sobre os retornos do treino no Ninho do Urubu. O Rubro-negro voltou a treinar sem o aval da prefeitura do Rio de Janeiro, o que gerou críticas ao clube, já que Fluminense, Vasco e Botafogo aguardam por ordem do prefeito Marcelo Crivella.
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No programa Os Donos da Bola desta quinta-feira, o apresentador Neto criticou a decisão do Flamengo, o que para ele é um equívoco, e lembrou que a vida de um jogador não é diferente da vida de uma pessoa comum.
“Se eu estiver errado, o que pedem é para que não tenha treinamento. Eu acho um equívoco isso aí, pois se o Flamengo pode, todo mundo pode…. Voltou a treinar, volta a ter contato. Uma vida de um jogador é a mesma coisa da vida de uma pessoa comum. O que me parece mesmo é que tá todo mundo atrás de dinheiro, me desculpa falar isso. O que me parece nesse mundo de hoje é que todo mundo tá pensando só na grana”, desabafou Neto.
O apresentador relembrou o número de mortes dos últimos dois dias no país e questionou se em meio a tanta tragédia é realmente necessário a volta do futebol: “Ontem morrem mais de 800 pessoas, antes de ontem 1000. Será que não estão tendo entendimento disso? Será que precisa voltar o Futebol? Não precisa!”
Neto disse ainda que os jogadores, por terem assinado o termo concordando com o retorno dos treinos, são responsáveis caso haja algum infectado na família, e lembrou de Jorge Luiz Domingos, massagista rubro-negro que morreu em decorrência do COVID-19.
“Vamos deixar bem claro que os jogadores assinaram o protocolo e são responsáveis por isso e mais, se passar pro filho, se passar pra filha, se passar pro irmão, eles são responsáveis por isso. Em quatro dias morreram mais de 700 pessoas no Rio de Janeiro… Aliás, o grande Jorginho, com 40 anos de Flamengo, morreu de quê? COVID-19! Então a gente tem que ter o entendimento que a vida é mais importante que uma bola, pra não falar outra coisa. O futebol não é mais importante que uma vida, meu irmão”. concluiu.