David Aganzo se manifestou nesta quarta-feira após publicação do jornal Marca
“Não vou pedir demissão”. Assim se pronunciou o presidente da Associação de Jogadores da Espanha (AFE), David Aganzo, durante entrevista coletiva após denúncia de suborno feita pelo jornal espanhol Marca.
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Na última semana, o jornal divulgou que Aganzo e o Secretário Geral da entidade, Diego Rivas, teriam praticado suborno. A denúncia foi feita por Antonio Saiz Checa, um experiente colaborador da entidade.
O email com a denúncia foi divulgado a todos os membros da diretoria da AFE, falando sobre a forma como pretendia fazer isso e como conseguiu.
“Me surpreende que seja neste momento, quando temos uma posição muito firme para garantir os direitos dos jogadores e das jogadoras deste país. Entendo que possa haver problemas nestes conflitos entre os patrões e os sindicatos, mas cada um tem a sua função, a nossa é ser independente e transparente. O dia que tenha provas nós diremos. Cada um terá sua opinião e nos confundimos muito”, afirmou Aganzo.
Ele também confirmou que irá concorrer em 2021 à presidência da AFE e deu as boas vindas a possíveis candidatos, como Fernando Morientes, que já havia se pronunciado sobre a candidatura: “É absolutamente legítimo que o faça, dou as boas vindas a esta competição limpa”, disse Aganzo.
Próximos passos
Aganzo falou que o sindicato irá entrar em contato com a La Liga visando acertar os próximos passos para o retorno das competições na Espanha.
“Na Liga Alemã tivemos muitas lesões e temos que fazer as coisas certas depois de um confinamento muito longo”, informando que entrará em contato com a Federação sobre o retorno das segundas e terceiras divisões para a fase final:”Vamos pedir os mesmos requisitos tanto para a primeira quanto para a segunda divisão”, acrescentou.
O presidente da AFE recordou todas as reivindicações do sindicato para a Federação antes da pandemia do novo coronavírus. Entre as reclamações, vale citar a ampliação dos contratos para depois do dia 30 de junho e os intervalos entre jogos serem de 72 horas.
“Depois de um confinamento de mais de 50 dias, os jogadores sabem a situação econômica do país e são os primeiros que querem ajudar, sempre e para proteger a saúde. Mas essas concentrações são totalmente anticonstitucionais pela maneira que são isolados em hotéis e que só podem sair de lá para comer e ir treinar”, comentou.
Em relação a liga feminina da Espanha, Aganzo destacou o esforço das jogadoras para assinarem o convênio com a associação: “Estamos lutando para uma liga profissional porque acreditamos no futebol feminino. Mas me deu a impressão de que não perguntaram às jogadoras não querem voltar a jogar. Vamos lutar para que as condições sejam iguais para homens e mulheres”, finalizou.
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