Craque brasileiro segue fazendo parte de investigação que procura quadrilha de falsificação de documentos no país vizinho
O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto Assis seguem pressos em Assunção, no Paraguai, onde estão atualmente em uma luxuosa prisão domiciliar após conseguirem deixar a Agrupación Especializada.
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São 76 dias desde que ambos foram pegos com passaportes falsos no Hotel Resort Yacht y Golf Club, em Lambaré, cidade vizinha de Assunção, e presos para dar início às investigações.
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O Ministério Público do Paraguai ligou Ronaldinho e Assis à empresário Dália López, que seria líder de um esquema que envolve políticos e personalidades importantes do país. A prisão seria uma tentativa de forçar Dália a se entregar às autoridades, segundo publicou o ABC Color. Há também uma tensão para caso o ex-jogador e seu irmão tentem fugir do país, o que inviabilizaria as investigações.
A empresária fez um acordo com a Justiça para se apresentar no último mês, mas não apareceu e segue foragida.
“A prisão é injusta, ilegal e arbitrária. O único ilícito foi a utilização de passaporte com conteúdo adulterado. E sem má-fé. Não se sabia que o conteúdo havia sido adulterado. A prova parcial foi clara no sentido de que não se tinha ciência de que os passaportes tinham sido adulterados”, disse Sérgio Moreira, advogado de Ronaldinho e Assis, à revista Veja, no início de maio.
Ronaldinho ficou 32 dias preso na Agrupación Especializada e saiu após pagamento de fiança no valor de quase R$ 9 milhões.
Para encerrar o processo, porém, não há previsão alguma. O ex-jogador chegou a participar de lives de cantores e deu entrevista em sua prisão domiciliar, mas segue proibido de sair até que a investigação siga um rumo em que o retire do caminho de Dália López.
“Foi um duro golpe. Nunca imaginei que passaria por uma situação dessas. Ficamos surpresos ao saber que os documentos não eram originais”, disse Ronaldinho em entrevista à ABC Color, no início do mês.
“Desde então, nossa intenção tem sido colaborar com a Justiça para esclarecer o fato, como temos feito desde o início. Desde esse momento até hoje, explicamos tudo e facilitamos tudo o que a Justiça solicitou de nós.”
A defesa dos irmãos segue com a tese de que ambos não sabiam da falsificação dos documentos. A acusação, porém, tenta reunir provas de que Ronaldinho e Assis estão ligados à empresária na promoção de eventos que fortaleceriam o esquema de crime organizado no meio público paraguaio.
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