Volante Edinho falou novamente sobre as polêmicas que teve vinculadas à dupla Gre-Nal
Edinho resolveu falar. Depois de um enorme período sem falar com a imprensa gaúcha, evitando tocar nos temas relacionados à dupla Gre-Nal, o ex-volante de Inter e Grêmio concedeu uma interessante entrevista à Rádio Gre-Nal neste domingo e se mostrou arrependido por ter dito, em 2015, que o 5×0 do tricolor no rival pelo Brasileirão era o “maior título da minha carreira”.
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O jogador de 37 anos deixou claro que foi “mal interpretado” e que, no fundo, queria dizer que aquele jogo representava um novo momento na carreira. No final de 2014, ele estava afastado no tricolor e admitiu que entrou em depressão por não entender o porquê de “ninguém” o querer mais. Ele reforça que o melhor momento da vida foi o título do Mundial da Fifa em 2006 pelo Inter.
“O melhor momento da minha vida foi o Mundial. Fantástico aquilo ali. Eu acabei entrando nas polêmicas jogando no Grêmio. Fui mal-interpretado. Eu tive depressão, fiquei afastado. Comecei a beber, fiquei trancado em casa. Momento difícil que eu tive em casa, em Porto Alegre. Muitas pessoas me ajudaram e salvaram a minha vida. Ninguém me queria. Não fiz nada pra ninguém naquele momento. E passei por aquilo de ficar afastado, não treinar, sem saber de nada. E aquela declaração da vitória de 5×0 foi por isso. Ali, eu voltei pro mercado do futebol”, disse, antes de acrescentar:
“A chamada da matéria (feita pelo jornal Zero Hora) foi uma covardia grande. Fiquei chateado e magoado, porque quem me conhece sabe que eu gosto muito do Inter. Mas também sou grato pelo Grêmio. Se eu pudesse voltar atrás, eu não falaria as coisas daquele jeito. Eu mudei, entreguei minha vida pro Jesus. Fazia coisas erradas, mas agora estou em outro plano, com outro pensamento, focando nos meus filhos. Eu voltaria atrás em tudo que eu falei, mas não falei com maldade nenhuma. Sei que os colorados ficaram bravos, vão lá no meu Instagram, xingam, mas eu não tenho mágoa de ninguém”, destacou.
Mas o que Edinho de fato falou?
Campeão da Libertadores, do Mundial, da Recopa e da Sul-Americana pelo Inter, Edinho jogou no Lecce, da Itália, no Palmeiras e no Fluminense antes de ir para o Grêmio em 2014 – onde ficou até 2016. Duas declarações da época em que vestia azul repercutiram muito, mas muito mal entre os colorados.
O primeiro momento de irritação foi quando ele disse que a goleada gremista no Gre-Nal do Brasileirão de 2015, na Arena, por 5×0, foi o seu maior título.
“Penso que o 5 a 0 foi minha maior conquista, trocaria por tudo. Apesar de não valer troféu, no meu modo de ver, foi meu maior título (…) Ganhar o Gre-Nal dessa forma, com uma atuação segura e tranquila, foi minha volta por cima”, disparou.
Um ano depois, disse as seguintes palavras após um empate em 2×2 contra o Avaí, pela Primeira Liga.
“Muitos falam que nosso grupo não é tão qualificado, que não estamos preparados para essa Libertadores. No meu modo de ver, a equipe é muito forte, trabalha muito. Particularmente, fui campeão de uma Libertadores em uma equipe muito inferior a esta que nós temos. Acho que estamos no caminho certo”.
Em 2019, Edinho foi rebaixado à Série C jogando pelo Vila Nova, hoje treinado exatamente por Bolívar. Ele deixou o clube e, aos 37 anos, buscava uma nova equipe para seguir a carreira antes da parada geral do coronavírus. Após o Grêmio, ainda passou por Coritiba, CSA e Ceará.
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