Manobra atualmente é proibida pela FIFA e praticamente impossível
Já imaginou disputar duas finais de Copa do Mundo? Agora imagine estar em duas decisões por países diferentes? Esse foi o caso de um atleta nascido na Argentina, mas que perdeu uma final de Mundial por seu país natal.
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Luis Monti é ídolo do San Lorenzo e esteve na convocação da Argentina para a Copa do Mundo de 1930, disputada no Uruguai. Foi dele o primeiro gol do país na história da competição e foi ele um dos grandes nomes da equipe no torneio, que terminou com título dos donos da casa por 4 a 2 – os gols do Uruguai foram marcados por Dorado, Cea, Iriarte e Castro, enquanto Peucelle e Stábile descontaram para a Argentina.
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Meio-campista de forte marcação, mas com ótimo passe e moderno para a época, foi para a Juventus em 1932 e se tornou um ídolo no futebol italiano.
O jogador chegou acima do peso ao clube de Turim e não fez boa estreia, mas conseguiu se recuperar e perdeu mais de 10kg nos primeiros meses na Itália.
A Juventus, que era a atual campeã italiana, se tornou, sob o comando de Monti no meio-campo, o primeiro time do país a conquistar o pentacampeonato nacional.
O argentino então foi convidado para defender a seleção da Itália e aceitou. Foi um dos escolhidos como “vira-casacas”, já que a FIFA permitia que atletas atuassem pelos países dos times em que atuavam.
Se tornou peça-chave no sistema da Azzurra que brilhou na Copa do Mundo de 1934 e foi titular em todos os jogos até a final.
Na decisão, Orsi e Schiavo marcaram para a Itália, enquanto Puc diminuiu para a Tchecoslováquia. Monti assim foi o único atleta a disputar duas finais de Copa por países diferentes, sendo campeão com a Azzurra.
Não foi o único no elenco
Um companheiro argentino de Monti também esteve na seleção sul-americana em 1930 e na Itália na Copa de 1934. Attilio Demaría foi convocado para ambas as competições, mas não entrou em campo em nenhuma das finais e não é notificado como o ex-companheiro.
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