Atlético conseguiu um lucro inesperado com ida de Guedes para a China
A passagem curta de Róger Guedes, no Atlético, é considerada como um dos grandes feitos na gestão de Sérgio Sette Câmara. Sem espaço no Palmeiras, o atacante foi emprestado ao Galo. Entretanto, caso surgisse uma oferta do exterior, a transferência seria feita. Foi o que aconteceu.
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Em 28 jogos disputados pelo Atlético, Róger Guedes marcou 13 gols e aos poucos caía no gosto da torcida alvinegra. As boas atuações, porém, chamou a atenção do Shandong Luneng, da China. Como uma espécie de ‘taxa de vitrine’, os mineiros receberiam apenas 5% do valor total. Após uma dura negociação nos bastidores, o clube ficou com 2,5 milhões de euros, aproximadamente 27% do total.
Em entrevista ao canal do jornalista Jorge Nicola, no YouTube, Sérgio Sette Câmara, presidente do Galo, conta em detalhes as conversas com Alexandre Mattos, então diretor de futebol do Palmeiras e interessado na venda.
“Eu estava em Portugal e o Alexandre me ligou dizendo que o Róger Guedes estava praticamente vendido para a China. Eu perguntei quanto ele me pagaria por esta vitrine: ‘Vou te pagar 5% da parte do Palmeiras’, que era o que estava realmente previsto no contrato. Eu bati o pé e pedi 2 milhões de euros. E aí ele deu risada no telefone: ‘Você é louco, não tem jeito’. Conversa vai e conversa vem ele disse que me pagava 1 milhão de euros. ‘Alexandre, quero 2 milhões de euros e eu estou indo dormir. Amanhã eu posso acordar mal humorado (risos)”, lembra Sette Câmara.
“No dia seguinte, tinha uma mensagem no meu telefone. ‘Tudo bem, 2 milhões de euros’. Eu devolvi para ele. ‘Acordei mal humorado. Agora eu quero 2,5 milhões de euros’. Ele não quis fazer de jeito nenhum. Eu sabia que a janela estava fechando e nós tínhamos um prazo de 72 horas para exercer a compra do jogador, ou seja, o Mattos precisaria me apresentar a oferta do clube chinês e eu teria este tempo para dizer se cobriria ou não. Agora, se eu utilizasse estas 72 horas a janela fecharia e não sairia negócio”, completa.
“O que os empresários fazem? Pega o telefone do presidente e passa para o jogador. Eu recebi mais de 400 ligações do Róger Guedes: ‘Presidente, é o contrato da minha vida. Eu preciso etc…’. É um teatro. Fato é que o tempo era curto e o Alexandre também fazia jogo duro, não queria abrir mão. Depois, o Gallo [Alexandre – diretor de futebol na época], me ligou dizendo que eles haviam topado. ‘Ah tá certo, mas você avisou a eles que são 2,5 milhões de euros líquidos de impostos? Caso contrário eu não topo’. No fim, eles toparam e cada um tirou uma parte (risos)”, concluiu.
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