Instituto que leva o nome de um dos maiores ídolos da história do automobilismo enxerga o esporte como agente da educação
O paulistano Ayrton Senna da Silva nasceu no dia 21 de março de 1960 e faleceu de forma trágica há exatos 26 anos, em 1º de maio de 1994, após colidir a quase 300 km/h com um muro de proteção na curva Tamburello, no autódromo de Ímola, pelo Grande Prêmio de San Marino, na Itália.
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Considerado um dos maiores pilotos de todos os tempos e tricampeão mundial de Fórmula 1, dono de recordes e 41 vitórias na categoria mais importante do automobilismo mundial, Senna foi o “herói nacional” das inesquecíveis manhãs de domingo, quando empunhava com orgulho a bandeira brasileira a cada triunfo, sua marca registrada.
Reconhecido por sua liderança, determinação e perseverança, o ex-piloto continua mantendo até hoje sua marca de credibilidade e respeito pelo próximo através do Instituto Ayrton Senna, criado pouco mais de seis meses depois de sua morte.
Presidida por sua irmã e empresária Viviane Senna, a entidade sem fins lucrativos atende mais de 1,5 milhão de crianças brasileiras por ano, por meio de projetos educacionais e parcerias com escolas públicas e privadas. Desde o início, investe também no potencial educativo de práticas esportivas que têm o propósito de desenvolver no ser humano aspectos como espírito de equipe, generosidade, persistência, solidariedade e colaboração, além de sensos cognitivos ligados à atenção, à memória e a melhorar o raciocínio para resolver problemas.
“Educação pelo Esporte”
Baseado na relação entre corpo e aprendizagem como mecanismo motivador para o desenvolvimento, foi lançado há 25 anos o “Educação pelo Esporte”, uma parceria entre o Instituto Ayrton Senna e a USP (Universidade de São Paulo), com a finalidade de criar oportunidades para que crianças e jovens tenham condições de ampliar suas capacidades, de modo que possam ter uma vida mais completa como pessoas, cidadãos e profissionais.
Abordando iniciativas complementares dentro e fora da escola, no projeto o esporte não é visto somente como “vitória ou derrota”, mas principalmente como um caminho de inclusão na sociedade, uma via pela qual os alunos praticam atividades que usam o corpo e assimilam essa “cultura corporal” como instrumento de aprendizagem.
O esporte como agente de integração social
Para o Instituto Ayrton Senna, ao mesmo tempo em que oferece diversão e entretenimento, os jogos, as atividades esportivas e até mesmo as brincadeiras são estimuladores de aprendizagem e educação. O projeto da entidade entende que, através do esporte, crianças e jovens podem adquirir e assimilar competências que levarão para o convívio social e ao cotidiano de forma geral.
Até 2012, o “Educação pelo Esporte” atendeu mais de 90 mil crianças e jovens, formando centenas de educadores com a expansão da parceria para mais universidades, em vários municípios de outros estados do país. Os resultados se mostraram bastante positivos: alunos que participaram do programa tinham aprovação média de 90% na escola, enquanto a média nacional era de 80%. E, desse total, 75% indicavam o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e cognitivas.
“O DNA do Instituto sempre esteve de alguma forma ligado ao esporte, pois a organização foi fundada a partir de um sonho do Ayrton Senna, que desejava oferecer a crianças e jovens de todo o Brasil as mesmas oportunidades que ele teve na vida, por meio de uma educação de qualidade. E ele só conseguiu se desenvolver plenamente como um grande esportista porque teve essas oportunidades”, declarou em 2015 o então diretor do instituto Marco Crespo ao site da revista “Exame”.
Em outubro de 2016, o Instituto Ayrton Senna participou do “Esporte a Serviço da Humanidade”, uma conferência realizada em Roma e promovida pelo Vaticano. O objetivo principal era exatamente difundir os conhecimentos e iniciativas de ações ligadas à práticas esportivas em benefício do desenvolvimento “integral” das pessoas.