Ex-treinador da seleção brasileira ainda defendeu a permanência do atual comandante
Carlos Alberto Parreira disse durante o Jogo Aberto desta quinta-feira (30), na Band, que a seleção brasileira não precisa de Jorge Jesus, treinador do Flamengo.
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Para Parreira, a possibilidade de um estrangeiro comandar o Brasil nunca passou por sua cabeça.
“Eu acho que não falta qualidade, só que a gente não precisa que ele (Jorge Jesus) treine a seleção brasileira. Qualidade é sempre bem-vinda, ele fez um trabalho maravilhoso no Flamengo. Acho que a seleção está muito bem com o Tite. Isso nunca passou pela minha cabeça, ter um técnico estrangeiro dirigindo a seleção brasileira. Um dia, talvez, ocorra, mas não acho que agora é o momento”, disse ele, que completou defendendo a permanência do técnico Tite.
“Se eu fosse o presidente da CBF, eu manteria o Tite. Eu nunca vi um treinador chegar tão prestigiado na seleção brasileira como o Tite chegou. Era unanimidade. Não ter vencido a Copa na Rússia, foi eliminado pela Bélgica… No segundo tempo, o Brasil fez um gol, tivemos chances de mudar o resultado do jogo, mas fica o resultado. Fomos eliminados nas quartas mais uma vez, e você sabe que o resultado, aqui no Brasil, fala muito alto. (…) Eu acho que a gente tem que acreditar ainda no trabalho dele. Eu daria um crédito, não pensaria em mudar”.
Para o ex-treinador da seleção brasileira, as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 servirá como um divisor de águas para Tite, que vem de um processo de renovação na seleção.
“O Tite passa por esse processo de renovação, trazer novos jogadores, e eu acho que as Eliminatórias vão ser um divisor de águas. Nós temos jogadores experientes, como Daniel Alves e o Thiago (Silva), o próprio Neymar, que é o grande nome dessa seleção, e jogadores que vão chegar e, com certeza, durante as Eliminatórias, aproveitados pelo Tite, a gente pode chegar bem nas Eliminatórias. Vai se classificar, não tenho a menos dúvida disso. E o Brasil sempre é candidato. É uma fase de transformação, de definição, não de esquema, mas de nomes e de formação de equipe”, completou.
Ainda no programa, Parreira relembrou o 7 a 1 do Brasil para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014. Na época, ele coordenador técnico da seleção brasileira.
“Não vou aqui ousar tentar definir aquilo ali. Nunca numa Copa do Mundo um time perdeu numa semifinal de sete. A seleção brasileira nunca tomou sete gols em jogo nenhum, foi a primeira vez. Tudo foi a primeira vez. Foi uma coisa inesperada. Aconteceu. Aquilo não vai se repetir. Nós estávamos ali no banco, todo mundo ficou como você, torcedor. Foi uma pane geral em determinados momentos. 5 a 0 no primeiro tempo numa semifinal contra a Alemanha é, na verdade, inexplicável. Foi uma pane geral o que aconteceu. Não tem explicação técnica, tática. Depois do 3 a 0, talvez o lado emocional tenha pesado bastante. Depois o terceiro, a coisa desandou mesmo”, concluiu.
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