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Há 51 anos, um trágico acidente tirou a vida de dois atletas do Corinthians, e o desenrolar da situação resultou numa tremenda rivalidade extra-campo com a equipe do Palmeiras
No dia 28/04/1969, um acidente de carro, causou a morte de dois jogadores do Corinthians. Lidu e Eduardo voltavam de um restaurante, após o empate de 1×1 entre o Timão e o São Bento de Sorocaba, quando acabaram capotando o fusca onde estavam. O local era a Marginal Tietê ainda em construção e mal iluminada. Mas o decorrer dessa história é ainda mais polêmico. O desenrolar desta tragédia resultou numa rivalidade extra-campo com o arqui-rival Palmeiras. O Torcedores.com te explica o que aconteceu.
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A fatalidade foi manchete de diversos jornais pelo Brasil e a repercussão da morte de Lidu e Eduardo foi gigantesca na época. Para se ter uma ideia, o velório dos dois aconteceu no Parque São Jorge, e teve mais de 30 mil pessoas, entre familiares, personalidades do esporte e torcedores do Corinthians.
Mas aonde entra o Palmeiras?
O acidente aconteceu durante a disputa do Paulistão daquele ano. Sendo assim, o Corinthians poderia inscrever outros dois atletas no lugar de Lidu e Eduardo. Mas conforme regulamento, isso só seria permitido se todas as outras equipes estivessem de acordo. Porém, o Palmeiras, representado por seu presidente Delffino Facchina, foi o único clube contra o pedido do rival, impossibilitando a inscrição de mais dois atletas.
Tal fato, causou revolta do presidente do Corinthians, Wadih Helu, que chamou os cartolas alviverdes de ‘Porcos’, devido ao espírito sujo e a falta de sensibilidade no caso.
E a continuidade de Paulistão para o Corinthians?
O Timão já estava num jejum de mais de 15 anos sem títulos. E enfim, mostrava um time competitivo pra sair da fila. O time foi primeiro colocado de sua chave do Paulistão, e se mostrava favorito ao título. Mas no quadrangular final, já sem Lidu e Eduardo, o Corinthians perdeu TODOS os jogos que disputou, ficando em último lugar. O Santos acabou se sagrando o campeão daquele Paulistão.
Apelido de ‘Porco’ já existia
Segundo o jornalista Celso Unzelte, os italianos (e, portanto, boa parte de palmeirenses, por extensão) já eram chamados de porcos de forma pejorativa. Tal fato, desde os tempos da Segunda Guerra Mundial. Principalmente por são-paulinos, que participaram de forma ativa da campanha para o então Palestra mudar de nome. Em 1969, os corintianos apenas ressuscitaram o apelido, que já existia, e acabou pegando.
Em meados de 1983, os cartolas do Palmeiras tiveram a ideia de aderir ao apelido, fazendo até com que o porco virasse mascote do clube. A torcida abraçou a ideia, e até hoje, os próprios palmeirenses se intitulam como ‘porcos’, em ações de marketing e em gritos na arquibancada.
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