Ricardo Gluck Paul externou indigação com o resultado da reunião entre clubes e FPF, entidade que organiza o Campeonato Paraense
O presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul, externou indignação com o resultado da reunião entre os clubes que disputam o Campeonato Paraense e a FPF (Federação Paraense de Futebol), entidade que organiza o torneio estadual. O encontro teve o objetivo de encontrar soluções à competição, paralisada desde o dia 19 de março, em virtude da pandemia do coronavírus.
Único classificado para a semifinal do Parazão, o Paysandu propôs ficar com o título. Clube do Remo e Bragantino, entretanto, votaram contra. O Itupiranga, por sua vez, se absteve. “Eles (FPF), no momento que viram a proposta havia sido vencida, inventaram uma história de que não poderiam aceitar porque, segundo eles, fere a regra do campeonato, pois seria uma alteração no regulamento”, iniciou o presidente bicolor.
“Não é o campeonato que alterou, o que alterou foi o mundo, que está de cabeça para baixo. Todos os clubes estão com o pires na mão, cidadãos com o direito cerceado de ir e vir, as empresas com portas fechadas, estado de calamidade pública decretado, pessoas proibidas de sair das suas cidades. É então não é um problema do futebol. É mundial”, argumentou Ricardo Gluck Paul.
Você conhece o canal do Torcedores no YouTube? Clique e se inscreva!
Siga o Torcedores também no Instagram
“Agora, obviamente, é uma proposta que contraria o clube preferido da Federação, então não seria jamais permitido que isso fosse colocado em votação”, disparou o presidente do Paysandu, que relatou ameaças feitas pela FPF aos clubes.
“Quero dizer que houve, até, por parte de membros da Federação, terrorismo com clubes. Passaram a madrugada e a noite anterior ligando para clubes metendo medo, dizendo que os clubes iam ter que devolver dinheiro de patrocinador caso o Campeonato fosse encerrado”, concluiu.
Remo se manifesta
Em áudio disponibilizado pela assessoria de comunicação do Clube do Remo, o presidente azulino, Fábio Bentes, respondeu o mandatário bicolor. De acordo com Bentes, o regulamento não permite que o Paysandu seja campeão.
“Se só o Remo tivesse sido contra, ainda assim não se aprovaria [a proposta do Paysandu]. Outros clubes também foram contra, outros se abstiveram”, iniciou.
“Só que eles convocaram esse congresso técnico baseado no regimento da Federação que diz que dois terços dos clubes podem convocar. Só que esse mesmo regimento, mais abaixo, diz que qualquer alteração no regulamento, depois dele aprovado e em vigor, só pode ser feita por unanimidade dos clubes”, explicou Bentes.
“Eles estão querendo na proposta, na marra, não vai colar comigo. Não vai rolar, até porque temos respaldo legal e o regimento da Federação está acima da vontade individual de cada clube”, finalizou.
Colaboração, Mateus Miranda, repórter do Portal Cultura
Leia também:
Presidente do Paysandu vê “gesto inédito” da CBF por repasse e cobra mais recursos à Série C