Diretoria do Botafogo fracassou nas negociações que se arrastaram por muito tempo
Há um motivo em especial para que as negociações entre Botafogo e Gatito Fernández andem de maneira tão arrastada: a alta do dólar. O goleiro tem contrato até dezembro do ano que vem com o clube. A princípio, o Comitê Executivo de Futebol deseja ampliar a permanência por dois anos. Afinal, o paraguaio é cobiçado por clubes brasileiros. No início desta temporada, só para exemplificar, Grêmio e Palmeiras sondaram o jogador.
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Tanto o empresário Rodrigo Pitta quando Carlos Augusto Montenegro já sinalizaram a intenção de renovar o contrato de Gatito Fernández. Porém, o goleiro tem acordo balizado em moeda estrangeira no Botafogo. Em casos como esse, a desvalorização do real mexe diretamente com o bolso do paraguaio. Como o vínculo tem gatilhos, o jogador se vê perdendo dinheiro.
Por outro lado, há um consenso que vale a pena fazer um esforço financeiro para manter Gatito no Botafogo. Afinal, o goleiro é uma referência no elenco comandado por Paulo Autuori. Além disso, ele é considerado o maior ídolo da torcida alvinegra na atualidade. Há um otimismo dos dois lados, e o negócio deve ser sacramentado após a pandemia do novo coronavírus que paralisou o mundo do futebol.
Apesar da novela Gatito Fernández estar perto de um final feliz, nem sempre o Botafogo obteve sucesso em algumas negociações. Por isso, o Torcedores.com relembra alguns episódios que marcaram negativamente o alvinegro nos últimos anos. Confira!
Álvaro Navarro
Foi artilheiro do Botafogo na Série do Campeonato Brasileiro de 2015. O uruguaio pediu uma valorização financeira para renovar com o clube. Com isso, a negociação se arrastou por três meses. A diretoria desistiu de mantê-lo por entender que existiam outros nomes mais baratos no mercado. Logo depois, Álvaro Navarro acertou transferência para o Puebla, do México.
Clayton
Foi capitão do Botafogo no Campeonato Brasileiro de 2006. No final da temporada, protagonizou saída polêmica para o Flamengo. O volante recebeu uma oferta para ganhar três vezes mais no rival. Após seis meses de conversas com o clube, Clayton comunicou ao presidente Bebeto de Freira que não vestiria a camisa alvinegra no ano seguinte.
Emerson Santos
Foram seis meses de conversas entre o zagueiro e a diretoria alvinegra. Porém durante a negociação, Emerson Santos firmou um pré-contrato com o Palmeiras. Na época, ele recebeu 1,5 milhão de euros (R$ 5,5 milhões) em luvas. Com isso, o Botafogo não recebeu um centavo sequer na ida do jogador para o clube paulista.
Juca
O volante defendeu o Botafogo entre 2005 e 2007. Foi perseguido por boa parte da torcida alvinegra, que não era fã do futebol praticado pelo volante. Porém, Juca foi titular com os técnicos Paulo Bonamigo, Péricles Chamusca e Celso Roth. As partes buscaram entendimentos por seis meses. As negociações foram encerradas devido à alta pedida salarial do atleta.
Renan
O goleiro decidiu deixar o Botafogo em 2015. Renan nunca escondeu a insatisfação com a falta de oportunidades no clube. Afinal, o jogador era considerado o reserva imediato de Jefferson na meta alvinegra. Além disso, o prata da casa dificultou a negociação devido a uma oferta para defender o Avaí.
Roger
Com 17 gols marcados, foi destaque do Botafogo em 2017. Porém, o camisa 9 pediu um aumento salarial fora da realidade financeira do clube. Além disso, o atacante pediu luvas diluídas em seus vencimentos mensais, auxílio moradia e bônus por metas atingidas. Porém, o clube se sentiu pressionado pelas exigências do jogador e decidiu se retirar das negociações.
Willian Arão
O volante descumpriu uma cláusula de renovação automática com o Botafogo para acertar com o Flamengo em 2016. Com isso, o clube conseguiu uma indenização no valor de R$ 4 milhões através da Justiça do Trabalho. O caso só serviu para aumentar ainda mais a rivalidade entre as duas diretorias. Willian Arão foi destaque do rubro-negro nas conquistas da Copa Libertadores da América e Campeonato Brasileiro, em 2019.