Atualmente na Terceira Divisão de Portugal, jovem de 23 anos almeja retornar ao clube em que deu os primeiros passos no futebol
Martin Luther King Júnior Morais Simões não foi pastor. Homônimo do ativista político norte-americano, esse é português e jogador. Atua no Sertanense, do terceiro escalão do futebol luso. Mas, sua carreira profissional começou na temporada 2014/2015, quando jogou no Olhanense, emprestado pela Sampdoria. Neste sábado completam-se 52 anos da morte do líder negro, assassinado em 4 de abril de 1968. Hoje, o xará atleta busca, nos campos, o sucesso.
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Foram quatro partidas disputadas na primeira oportunidade fora dos juniores. Só em 2016/2017 o atacante conseguiu um número expressivo de jogos: 31. Naquela oportunidade, marcou dez gols – recorde pessoal também neste quesito – defendendo o Barreirense, depois de passar por Tourizense e 1º de Dezembro.
O centroavante de 23 anos também já jogou por AR São Martinho, AD Ceuta (da Espanha, porém não o Celta de Vigo) e Sacavenense. Está no atual clube desde 2018/2019. São 26 aparições com a camisa do Sertanense. Antes, nas divisões de base, esteve no Benfica, além dos também portugueses Oeiras, Sp. Lourel e Real.
(Foto: Divulgação)
Inspiração para o nome
Segundo o próprio atleta, foi de seu pai a ideia de ter o mesmo nome do líder reconhecido pelo empenho na luta pelos direitos dos negros nos Estados Unidos. O Sr. José Manuel Simões era admirador do homem que recebeu o “Nobel da Paz” em 1964 aos 35 anos de idade. Simões também teve carreira de atleta. Jogou por Oliveirense, Desportivo das Aves e Vianense.
Em 2016, durante entrevista concedida ao portal luso “Renascença”, o jogador Martin, nascido em Viana do Castelo, confessou aprovar a escolha do pai: “Acho engraçado ter o nome de uma pessoa assim tão importante. De certa forma, também há o peso de representar um nome tão grande. Mas gosto deste nome”, contou na ocasião.
Martin iniciou a caminhada no esporte pelo Benfica, aos dez anos de idade. Ficou nos encarnados até por volta dos 15. Contudo, a trajetória em um dos principais clubes do país não decolou.
Na Itália, pela base da Sampdoria, conseguiu uma bela apresentação numa vitória por 4 a 3. A equipe perdia o duelo, até que ele entrou, marcou dois gols e deu uma assistência. O feito o levou a ser contratado pelo clube com apenas 17 anos.
O Sonho
O atacante, depois de um período na “Terra do Calcio”, retornou ao país natal. Até hoje carrega algo similar ao seu homônimo mais famoso: o desejo de realizar um sonho.
“Desde pequeno, quando comecei a jogar no Benfica, todos tinham o objetivo de chegar à equipe principal. Sou jovem, e o sonho continua sempre na cabeça. O meu sonho é um dia voltar ao Benfica. Não escondo”, confessou há quase quatro anos.
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