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Mauro Beting: Palmeiras já deixou torcedor carente de bom futebol

Apesar da paralisação por coronavírus, Palmeiras deve se sair bem em 2020. Bem diferente de outros tempos…

Mauro Beting
Mauro Beting comenta futebol em rádio, TV, internet, jornal, blog e livro, faz filme de futebol para cinema, DVD e TV, e comenta no PES 2014

Apesar da paralisação por coronavírus, Palmeiras deve se sair bem em 2020. Bem diferente de outros tempos…

Quando eu fiquei mais carente do Palmeiras?

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Agora não vale. Estamos todos assim. E devemos seguir assim. Juntos como Dudu e Ademir da Guia. Presentes como as Academias. Em casa como no Allianz Parque. Atentos como a Academia de Goleiros do Palmeiras. Solidários como Amaral e Dudu Baixola. Participativos como Waldemar Fiúme. Usando a cabeça como Leivinha, Luís Pereira e Servílio. Unidos como o Alviverde inteiro em volta olímpica.

Vamos voltar. Como retornamos das quedas em 2003 e 2013. Como voltamos sem ter caído em 2014. Como superamos nossos erros nas Taças de Prata de 1981 e 1982.

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Ali eu fiquei muito carente do Palmeiras. Porque ele era quase nada Palmeiras então.

Depois da saída de Telê Santana para a Seleção, em fevereiro de 1980, o Verdão acabaria em 16º lugar no Paulistão. A pior campanha na história. Justo no ano em que a Taça de Ouro, a primeira divisão brasileira, era baseada na classificação dos estaduais… Isto é: em 1981 tivemos que purgar a Taça de Prata. Quando abraçamos um novo time igualmente medíocre e que ainda em 1981 subiu para a Taça de Ouro. O que não se repetiria em 1982. Quando de novo começamos na Prata e de tanto levar chumbo nem da primeira fase passamos.

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O Palmeiras também nos deixaria carente em 1985 contra o XV de Jaú, em 1986 na final estadual contra a Inter de Limeira, na única derrota no SP-89 para o Bragantino, no absurdo empate que nos eliminou em 1990 contra a Ferroviária no Pacaembu, no regulamento burro que nos eliminou em 1991, na força do rival na final de 1992.

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Mas todas essas carências foram supridas pelo 12 de junho de 1993. Muito melhor assim.

O problema é que não aprendemos nesse período das vacas balofas da Parmalat. Nos deixamos ser conduzidos por sapos vivíssimos enterrados no trono. Quando as tetas secaram, os que nela sugaram nos trataram a pão e água sanitária.

Caímos feio em 2002. Pouco fizemos até a nova queda em 2012.

Ali estávamos mesmo carentes de Palmeiras.

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E de palmeirenses que nos reconduziram. Refizeram o Palmeiras vencedor. O que tem mais. Muito mais de 10.

Agora é momentâneo.

Esperamos.

Porque quando a bola voltar, ainda teremos time e elenco com bom potencial. Talvez não o melhor no SP-20. Certamente não o melhor no Brasil e na América.

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Mas o amor contagioso que nos faz mais fortes. Mais Palmeiras.

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