Temporada do futebol pretende “invadir” o calendário de 2020/21, mas as divisões inferiores podem ter outro destino
A esperada reunião para debater o futuro da temporada 2019/20 não definiu muita coisa. As perguntas mais aguardadas ficaram sem respostas. Muito pelo entendimento de que a liga fará o possível para realizar as rodadas restantes do campeonato, o que evitaria muitos dos possíveis problemas.
Na Inglaterra, muitos tratam os jogos com portões fechados como o desfecho natural para a Premier League. Enquanto isso, medidas mais restritivas são adotadas pelo governo, diante da aceleração da pandemia do coronavírus no país.
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O título do Liverpool não seria a maior das discussões, já que estava encaminhado e dificilmente haveria resistência para uma decisão de atribuir a taça ao time de Jurgen Klopp. Rebaixamento e vagas europeias são mais polêmicos pelo equilíbrio na classificação.
A Premier League sabe dos prejuízos econômicos e fará o possível para esticar a temporada. Em parceria com a Federação Inglesa, já tem o aval para ignorar o regulamento das competições nacionais e avançar o mês de junho.
Nas divisões inferiores, a situação não é a mesma. Ao mesmo tempo em que as cifras são menores, a necessidade do dinheiro é maior. Desde o início, clubes de terceira e quarta divisões foram contra a alternativa dos portões fechados por entenderem que a receita de bilheteria é primordial para a sobrevivência.
Descendo ainda mais na pirâmide do futebol inglês, as divisões semiprofissionais e amadoras devem tomar uma decisão mais radical. Encerrar a temporada como está, do jeito que parou. Como não há previsão de volta, além da fragilidade financeira, há também a preocupação com os contratos que se encerram no meio do ano.
Premier League pretende jogar até o fim, mesmo sem saber quando retomará as atividades. A Championship pressiona para que o acesso seja mantido, já que garante um enorme salto aos primeiros colocados. League One e League Two não querem saber de portões fechados. National League e ligas inferiores pedem o encerramento imediato das competições.
É o cenário do futebol em um país que relutou antes de tomar as primeiras medidas, mas que percebeu a gravidade do problema e agora sabe que a saúde pública é a prioridade. Enquanto isso, os clubes fazem o que podem, dentro de suas diferentes realidades. Os da elite disponibilizam suas dependências para o sistema nacional de saúde. Os pequenos lutam pela sobrevivência e pedem ajuda à Federação.
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