Home Futebol O que aconteceu com Ronaldo na final da Copa do Mundo de 1998?

O que aconteceu com Ronaldo na final da Copa do Mundo de 1998?

Matheus Camargo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), colaborador do Torcedores.com desde 2016. Radialista na Paiquerê 91,7.

Caso levantou polêmica até poucos anos, quando o próprio Ronaldo se manifestou

O Brasil chegou à final da Copa do Mundo de 1998, na França, contra os donos da casa, com uma seleção forte, com vários campeões mundiais de 1994 e com craques em ascensão no elenco.

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O maior deles era Ronaldo, recém-eleito duas vezes o melhor jogador do mundo com a camisa do Barcelona, em 1996 e 1997, e melhor jogador da Copa até a fatídica decisão.

Isso porque, segundo relatos dos próprios jogadores do elenco, Ronaldo sofreu uma convulsão no quarto poucas horas antes do apito inicial da partida, o que chocou toda a delegação.

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Em entrevista recente ao L’Equipe, Ronaldo se esquivou dos questionamentos sobre sua convulsão.

“Os brasileiros não digeriram essa derrota para França na final do Mundial de 98. Eles (brasileiros) são tão exigentes, que perder uma final de Copa do Mundo não é aceitável. Portanto, temos de encontrar razões, desculpas, e um culpado. Eu não estava no meu melhor, mas não há nada a dizer. A França foi melhor naquele dia. É simples assim.”

O caso ainda é muito obscuro e nunca alguém revelou o real motivo para a crise do Fenômeno. Alguns citam uma reação a uma infiltração de xilocaína, mas isso jamais foi amplamente descartado. A principal teoria foi de uma crise nervosa antes da decisão, mas nada comprovado desde então.

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Conflito interno
Zagallo havia perdido seu principal jogador para a decisão e escolheu Edmundo para substituí-lo. Chegou a falar com o jogador, que se preparou para sua estreia na Copa, mas acabou não jogando.

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Isso porque Ronaldo exigiu participar da final, conforme ele mesmo revelou em entrevista à revista inglesa FourFourTwo.

“Eu não dei alternativa a ele. Ele não teve escolha que não aceitar minha decisão. E então eu joguei. Só que talvez eu tenha afetado o time todo, porque minha convulsão certamente foi algo assustador. Não é algo que você vê todos os dias”, disse o Fenômeno.

“Meus exames médicos mostravam que eu não tinha nada de anormal. Era como se nada tivesse acontecido. Depois disso, a gente foi para o estádio, e o Zagallo havia dito que eu não jogaria. Eu estava com o resultado do exame na minha mão, e o Dr. Lídio Toledo me deu sinal verde para jogar. Aí eu cheguei no Zagallo no estádio e disse: ‘Eu estou bem. Não estou sentindo nada. Aqui estão os exames e está tudo bem. Quero jogar’.”

A realidade da final da Copa foi dolorida para o Brasil. Com um time visivelmente assustado em campo, a Seleção sucumbiu diante de uma França empurrada pela torcida e com um Zidane iluminado. Além dos dois gols do camisa 10, Petit ainda marcou e fechou a decisão: 3 a 0 e primeiro título mundial dos franceses.

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