Membro brasileiro mais antigo do COI, Bernard Rajzman afirma que realização dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 traria diversas desigualdades entre atletas
Bernard Rajzman é o mais antigo dentre os brasileiros membros do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ele, portanto, é uma importante voz em assuntos esportivos. Em entrevista ao Globoesporte.com, o ex-jogador de vôlei falou sobre o adiamento dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Para ele, a decisão tomada foi a mais sensata possível.
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Um dos motivos pelos quais Bernard Rajzman se mostrou favorável ao adiamento é a justiça, de acordo com ele. “São imensos os prejuízos que o adiamento causa não só aos atletas, ao comitê organizador, aos stakeholders, aos patrocinadores. Mas foi uma decisão sabia, pensada e calculada. A gente sabe que se os Jogos fossem agora, em julho, seria uma catástrofe. Diversas desigualdades aconteceriam, injustiças inclusive. Cada continente está tendo um ciclo onde o ciclo está passando. Na Ásia já está acabando, então um atleta que fosse se preparar para jogar em julho já estaria apto a fazê-lo. No Brasil, na América, nos Estados Unidos, como na Europa, o ciclo está com maior força. Isso é um dos problemas que aconteceriam”, declarou.
A “sentença” do membro do COI veio na sequência. “Acho que essa decisão foi corretíssima. Os Jogos serão realizados no máximo até o verão de 2021, em Tóquio. Eles continuarão a ser chamados de Tóquio 2020 e não 2021”, finalizou Bernard Rajzman.
Mais da pandemia de coronvírus
O COVID-19 pode obrigar a MotoGP a realizar provas duplas para compensar grandes prêmios cancelados por conta do coronavírus. A Federação Mineira de futebol não sabe o que será do estadual de 2020. O mundo dos eSports também anunciou medidas. A Itália, dos países mais atingidos pelo vírus, busca alegrias na Ferrari e em Sebastian Vettel. Já a Alemanha vê a Bundesliga ser suspensa, enquanto o Draft 2020 da NFL deve ter mudanças. A Fórmula 1 segue lutando pelo calendário do certame. O Barcelona e a MLB também anunciaram medidas de prevenção.
Lewis Hamilton, LeBron James, José Roberto Silva, Antony, Hernanes, Vasco da Gama Danny Morais, Marcelo Bielsa, Jones Jones, Conor McGregor, Maicon, Nahomi Kawasumi, Rafael Nadal e outros astros da NBA já se posicionaram sobre o tema.
O Pacaembu virou um hospital de campanha. Médicos foram homenageados, aliás. Charles Barkley, porém, se colocou em quarentena voluntária – e Paul Pogba incentivou um cumprimento curioso. Há, entretanto, quem vá na contramão de tudo isso e que tenha previsto a pandemia – caso da família Dybala.
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