Home Vôlei De volta ao Brasil, Rosamaria fala sobre temporada na Itália, e sonha com convocação olímpica

De volta ao Brasil, Rosamaria fala sobre temporada na Itália, e sonha com convocação olímpica

Rosamaria se transferiu nessa temporada para o Perugia, da Itália, pensando em voltar às origens e se preparar melhor para a voltar à seleção brasileira, e tentar disputar a Olimpíada de Tóquio

Andressa Fischer
Gaúcha, 22 anos | Escrevo sobre vôlei, futebol feminino e dupla Gre-Nal.

Rosamaria se transferiu nessa temporada para o Perugia, da Itália, pensando em voltar às origens e se preparar melhor para a voltar à seleção brasileira, e tentar disputar a Olimpíada de Tóquio

Na sua primeira passagem no exterior, Rosamaria mostrou não ter sentido a pressão de jogar longe da família e dos amigos. Dessa vez jogando como oposta, a catarinense anotou 382 pontos até a 10ª rodada do returno da Liga Italiana, e é a segunda maior pontuadora da competição.

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O campeonato italiano está paralisado por conta do COVID-19 desde a última semana, e a federação local estipulou o próximo dia 3 de abril para saber se dará continuidade ao torneio. Como precaução contra o vírus, a jogadora retornou ao Brasil, uma vez que o Perugia não tem mais chances de escapar do rebaixamento na última rodada.

Em entrevista exclusiva ao portal ‘Melhor do Vôlei’, Rosamaria comentou sobre a nova fase na carreira, e o sonho de disputar a primeira Olimpíada da carreira.

“Foi uma temporada super produtiva. Obviamente, como equipe, eu queria ter feito muito mais. A gente bateu na trave muitas vezes com o resultado, brigando bastante. Estamos na zona de rebaixamento, mas ainda não acabou porque nenhuma decisão oficial foi tomada. Ainda assim, fiquei muito feliz, porque todo mundo sabe da dificuldade que é uma primeira temporada fora, com adaptação ao campeonato, ao estilo de treino e de jogo, à cultura… No geral, a avaliação que faço é muito positiva, pois alcancei o que eu me propus a fazer”, disse a camisa 7 sobre a experiência fora do país.

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Aos 25 anos, a ponteira/oposta começou jogando na saída, e a última vez que atuou como oposta foi na conquista do Minas no Sul-Americano de 2018, quando substituiu a norte-americana Destinee Hooker, lesionada. Pensando em carimbar uma vaga em Tóquio-2o2o, a jogadora decidiu retornar à posição de origem.

“Atuar como oposta faz a atleta receber mais bola, mas acredito que cresci. É como eu me sinto mais à vontade e quando tudo flui mais naturalmente. Não somente pelo ataque, mas consigo ler o jogo muito melhor, inclusive no bloqueio e na defesa”, analisou.

A mudança para a entrada de rede veio de uma ideia da comissão técnica da seleção brasileira para que Zé Roberto tenha mais opções na posição, e possa lidar melhor com possíveis lesões. Com a amarelinha, Rosamaria conquistou o Grand Prix de 2017 jogando como ponteira.

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“Não é nada descartado e ter as duas opções sempre foi muito importante para mim e agregou demais na minha carreira. Hoje, a minha opção é ser oposto, mas se o clube que eu estiver defendo precisar, jogarei na ponta com muita alegria, mas sinto que o meu melhor resultado é na posição que estou agora, desempenhando o meu melhor voleibol”, continuou.

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Pensando na seleção, Rosamaria considerou positiva a temporada na Itália e não acredita em um retorno da Liga Italiana

Após pedir dispensa da seleção brasileira no ano passado, a catarinense sonha em voltar a figurar na lista de José Roberto Guimarães. Em virtude da pandemia, alguns movimentos para que a Olimpíada seja suspensa começam a surgir, no entanto, a jogadora ainda sonha com a primeira vez nos Jogos.

“Espero ter a oportunidade de voltar para a seleção. Muitas das minhas escolhas entre o ano passado e este ano foram feitas pensando em voltar a defender o Brasil, inclusive a mudança para a Europa. Com certeza, gostaria demais de estar lá, não somente na olimpíada, mas para qualquer campeonato”, afirmou.

Sem acreditar em um retorno do Campeonato Italiano, por causa do surto intenso do coronavírus na Itália, a oposta considera positiva a primeira experiência fora do país e afirmou querer seguir em solo estrangeiro.

“Desde o primeiro momento, fui muito feliz. De verdade. A liga, com certeza, é uma das mais fortes do mundo e que exige uma evolução diária. O nível é muito alto e o fato de haver o video-check em todas as partidas é muito importante. Que o sistema seja disponível em toda a Superliga o quanto antes, não somente nos playoffs”, disse.

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“Não há previsão de retorno, pelo menos até 3 de abril. Depois desta data, algo será definido de fato. Estou de quarentena desde que cheguei, da mesma forma como estava na Itália desde o dia 8 e vou continuar assim pelas próximas duas semanas. Tomei a decisão de voltar porque estava tudo muito incerto e, sinceramente, não tenho esperança de que o campeonato volte rápido. A gente viajou para jogar duas vezes, mas os dois foram canceladas e retornamos. Cada dia era uma novidade e a última partida que disputamos foi em 16 de fevereiro. Vi que a situação estava piorando, fiquei com medo de passar muito tempo sem treino e, consequentemente, ver cair meu rendimento. Como mencionei acima, voltei também pensando na seleção”, finalizou.

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