Derrota para o Binacional, na estreia da Libertadores 2020, não é sinônimo de desconfiança para a torcida do São Paulo.
A derrota do São Paulo para o Binacional por 2×1, ontem (5), na estreia da Libertadores 2020, caiu como um balde de água fria para os tricolores.
As diversas chances de gols perdidas e o desgaste gerado pela altitude da cidade Juliaca (3825 m), no Peru, foram pontos cruciais para o revés no primeiro jogo. Mas o resultado negativo não é razão para a torcida desaminar. Isso porque, nas três vezes que o São Paulo foi campeão da Libertadores (1992 – 1993 – 2005), a equipe não venceu nas estreias.
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1992
A equipe comandada por Telê Santana disputou o seu primeiro jogo contra o Criciúma, no Estádio Heriberto Hülse, e perdeu por 3 a 0, com um time reserva.
Naquele ano, o tricolor também dividiu o grupo com o Bolívar e o San José, ambos da Bolívia. Com três vitórias, dois empates e uma derrota, avançou de fase em 2º, atrás do próprio Criciúma.
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Já na fase mata-mata, o São Paulo fez uma campanha com cinco vitórias, um empate e duas derrotas, e se sagrou campeão ao bater o Newell’s Old Boys (ARG) nos pênaltis, no Morumbi, por 3×2. O placar agregado da final ficou em 1×1.
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1993
Campeão no ano anterior, o clube estreou na competição apenas nas oitavas de final. E logo de cara já enfrentou o Newell’s Old Boys, adversário da final de 92.
O placar, novamente, foi indigesto. 2×0 para os adversários, na Argentina. Já na volta, o São Paulo aplicou uma goleada de 4×0 e confirmou o avanço de fase.
A campanha do bicampeonato contou com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas. Uma delas, inclusive, foi na grande final contra o Universidad Católica, por 2×0. Mas, como a equipe havia vencido o primeiro jogo em casa por 5×1, o taça ficou mais uma vez com o tricolor.
2005
O time estreou aquela edição fora de casa, contra o The Strongest (BOL), e arrancou um empate por 3×3. O grupo era composto por Quilmes (ARG) e Universidad de Chile.
Os soberanos avançaram de chave na liderança, após conquistar três vitórias, três empates e nenhuma derrota.
Nas fases eliminatórias, o São Paulo fez uma campanha de gala, com seis vitórias, um empate e só uma derrota.
Na final contra o Athletico Paranaense, a equipe trouxe um empate por 1×1 fora dos seus domínios. Já no Morumbi, venceu por 4×0, e voltou a erguer a taça após 12 anos.
O elenco do tricampeonato iniciou a campanha com técnico Emerson Leão, mas conquistou o título sob o comando de Paulo Autuori.
Estreia quando o São Paulo foi vice da Libertadores
1974: Derrotado nas finais contra o Independiente (ARG), o time estreou naquele ano com vitória, contra o Palmeiras, por 2×0.
1994: A decisão foi contra o Vélez Sarsfield (ARG). Campeão em 1993, o São Paulo deu início a caminhada rumo à final também contra o Palmeiras. O placar foi 0x0.
2006: A final deste ano foi vencida pelo Internacional. Na estreia desta edição. o tricolo venceu o Caracas (VEN) por 2×1, fora de casa.
Pedras no sapato
Além da derrota de ontem para o Binacional, o São Paulo acumula uma sequência de resultados negativos contra quatro equipes de pouca tradição na América do Sul.
Em 2016, pela fase de grupos, perdeu em casa para o The Strongest, por 1×0, e empatou na Bolívia, por 1×1. Mas ainda assim conseguiu se classificar.
Já pela Copa Sul-americana de 2017, foi eliminado na primeira fase para o modesto Defensa y Justicia (ARG), após empatar em 0x0, fora de casa, e por 1×1, no Morumbi.
No ano seguinte, caiu para Cólon (ARG) na segunda fase da Copa Sul-americana. Os argentinos venceram o São Paulo no Morumbi, por 1×0. Mesmo placar que o tricolor aplicou fora de casa. Só que, nos pênaltis, perdeu a disputa por 5×3 e deu adeus à competição.
A mais recente frustração foi a queda precoce na Pré-Libertadores 2019, para o Talleres (ARG). Após perder por 2×0 no campo adversário, o tricolor não conseguiu sair do 0x0 no jogo de volta. Ao ser eliminado na primeira fase, o time sequer conseguiu uma vaga na Copa Sul-americana do mesmo ano.
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