Luxemburgo projeta Dudu na seleção brasileira, mas avisa que ele precisa dar um ‘up’ na maneira de jogar e fazer mais gols
O Palmeiras venceu o Guarani por 1 a 0 nesta quinta-feira (20), no Allianz Parque, em jogo válido pela sétima rodada da fase de grupos do Campeonato Paulista com gol do atacante Dudu, que completou nada menos que 300 jogos pelo clube alviverde. Em entrevista coletiva após o apito final, o técnico Vanderlei Luxemburgo falou sobre o camisa 7 e revelou a meta de gols do jogador para a primeira fase do Paulistão, que terá 12 jogos.
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Luxemburgo não poupou elogios a Dudu, mas destacou que falta gana para buscar objetivos ainda maiores, não só no Palmeiras, mas na seleção brasileira também. “Eu falo com ele, que é um grande jogador, está há cinco anos aqui. Faz grandes jogos, mas tem momentos que se fala se tá ou não, se sai ou não sai. Acho que falta alguma coisa no sentido de olhar para ele como um ídolo”, avaliou.
“Tem que direcionar a carreira dele para uma seleção, jogar uma Copa do Mundo… Para isso acontecer, ele tem de dar um up na maneira de jogar, fazer mais gols, ser mais participativo, finalizar… Estamos treinando muita finalização. Estou trabalhando especialmente com ele. Ele queria fazer cinco gols nessa fase. Se ele fizer os cinco, tenho que pagar algo pra ele, uma pizza, um guaraná…”, acrescentou o treinador.
O técnico ainda comentou sobre o retorno de Bruno Henrique ao time titular após a lesão sofrida durante a Florida Cup e que o tirou os primeiros jogos do estadual. “Temos muitas opções ali. Eu falei que poderia colocar o Felipe Melo de volante, não teria problema em colocar, ele sabe jogar ali. Está bem de zagueiro. Não vejo problema. Mas tem o (Gabriel) Menino e o Patrick (de Paula), que jogam como primeiro e segundo volantes”.
CONFIRA OUTROS TRECHOS DA COLETIVA:
SOBRE O JOGO:
— O jogo foi bom. Esse gramado permite ter jogo de bola para nós e o adversário. O Guarani também tocou a bola, conseguiu chegar no nosso gol, porque o campo permite envolvimento, a técnica, a habilidade, principalmente a técnica. É difícil sair um passe errado. Temos treinado bastante aproximação, posse de bola, triangulação, saída na transição ofensiva. Perdemos muitos gols. Chegamos muitas vezes. Não podemos chegar tantas vezes e não botar a bola para dentro, daí vai lá o cara, num escanteio, acerta a bola e pronto. Faltando cinco minutos, botei o Luan e adiantei o Felipe. Fiz um volante com dois meias para não correr o risco da bola que acha o gol. Não quis correr o risco.
LUAN SILVA E IVAN ANGULO:
Luxemburgo também foi questionado sobre a utilização de Luan Silva, que chegou ao clube no ano passado em processo final de recuperação de uma grave lesão de ligamento no joelho, mas acabou se lesionando novamente e tenta agora retornar aos gramados. O jogador chegou a ser inscrito no Campeonato Paulista e foi relacionado para a partida contra o Guarani, mas não entrou em campo.
Outro nome que desperta atenção é o do colombiano Ivan Angulo, que estava no Torneio Pré-Olímpico e é visto por torcedores como uma boa aposta para o futuro. O treinador palmeirense pediu calma ao falar sobre os garotos.
— Quem é Luan Silva? Tem Luan pra caramba aqui. Vamos deixar as coisas acontecendo, está vindo de lesão. Ele veio pro banco porque acho que já está no momento. Angulo vem de lesão. Eles têm que mostrar, procurar o espaço, mostrar que merecem ficar aqui. Senão o trem passa e eles não pegaram o trem.
FALTA DE UM CAMISA 10:
Outro tema de destaque da coletiva do treinador foi sobre as opções que ele tem para escalar no meio-campo e se ele sente a falta de um jogador com as características de “camisa 10”, lembrando que o atacante Luiz Adriano é quem usa a numeração no clube atualmente.
— Quem tem isso no Brasil (o camisa 10)? É uma situação no Brasil. Se pegar da Florida Cup até agora, o Lucas Lima mostrou muita qualidade como homem atrás dos atacantes. Hoje coloquei um meio com mais movimentação e intensidade. (Raphael) Veiga jogou bem hoje. Tem o Scarpa que não coloquei ainda, pensei nele hoje, mas hoje vi a bola escapando e resolvi trancar. Essa coisa do camisa 10, com a mudança do futebol brasileiro, o camisa 10 foi sumindo no Brasil. Ainda temos alguns que podem jogar. Mas olha o Scarpa, é canhoto, com habilidade, cresceu jogando pelo lado, não por dentro. A tendência é colocar os caras por fora. O Antony (do São Paulo), o Pedrinho (do Corinthians), são todos que seriam camisas 10, mas pelas funções, a preocupação exacerbada de esquema tático, estamos esquecendo do jogo.