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Rafael Oliveira: Brexit influencia no futebol e causa primeiro efeito na Premier League

Rafael Oliveira
Jornalista, com passagens por Esporte interativo e ESPN, e colunista do Torcedores.

Mudança no período de contratações é um reparo de algumas consequências, mas também é a primeira influência do Brexit no futebol

Os clubes da Premier League aprovaram a modificação das datas previstas para a tradicional janela de transferências do meio do ano, a mais importante e movimentada do futebol europeu. Em 2020, o encerramento será no primeiro dia de setembro.

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Nos dois últimos anos, os ingleses testaram a antecipação do término. A ideia era boa: começar o Campeonato Inglês já com os elencos fechados e prontos. Historicamente, a janela tem tanto peso que divide as atenções com as rodadas iniciais.

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Mais do que isso: os primeiros jogos tendem a influenciar nos últimos movimentos de mercado, muitas vezes com caráter de urgência em função de um desempenho inicial aquém das expectativas, saindo do que seria um planejamento ideal.

Só que uma parte saía do controle. Não adianta a Inglaterra fechar sua janela se outros países continuam podendo contratar. Logo, a situação virou um problema, pois deixou os clubes vulneráveis. Agora, se perdessem algum jogador importante, já não teriam tempo para buscar uma reposição. Sem contar as disputas internacionais por nomes mais badalados, que frequentemente viram novelas que se arrastam até o fim de agosto.

Sendo assim, não surpreende o passo atrás. A Premier League percebeu que o movimento só funcionará se tiver a adesão de todas as outras grandes ligas europeias, o que ainda não é o caso. Mas 2020 tem um outro fator.

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Com a confirmação do Brexit, ainda não se sabe qual será o futuro da regulamentação dos jogadores europeus no Reino Unido. Quem já está lá não terá problemas para permanecer, mas as regras sugerem que será mais difícil contratar os estrangeiros menos valorizados.

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O procedimento para europeus deve ser semelhante ao que rege a entrada de sul-americanos, asiáticos ou africanos. Ou seja: há a necessidade de um visto de trabalho, que é avaliado individualmente de acordo com alguns fatores, como número de jogos pela seleção, relevância do país no ranking da Fifa e valor da transferência.

Só que a janela de agosto de 2020 será a última antes das novas regras entrarem em vigor. É verdade que muito ainda será discutido sobre uma possível flexibilização dos efeitos do Brexit para o futebol. Afinal, a Premier League é sinônimo de liga global, seja no sentido de reunir estrelas do mundo todo ou por despertar interesse em todas as partes do planeta.

A Federação Inglesa (FA) propõe algo mais radical, que seria a ampliação do número mínimo de britânicos nos elencos inscritos, mas a ideia ainda encontra resistência. De qualquer forma, será compreensível se a movimentação de agosto for grande, em um último “ataque” ao mercado europeu, já que a janela de inverno (janeiro de 2021) terá novas regras.

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