Equipe rossonera abre 2 a 0 no primeiro tempo, mas time de Antonio Conte marca quatro vezes na segunda etapa; Internazionale chega a 54 pontos e divide a liderança do Campeonato Italiano com a Juventus
A torcida da Internazionale de Milão vai se lembrar do dia 9 de fevereiro de 2020 por muito tempo. Não somente pela incrível virada em cima do Milan dentro do Giuseppe Meazza e pela atuação de Lukaku, Vecino, Brozovic e De Vrij durante os noventa e poucos minutos de partida. Mas por recolocar o escrete nerazzurri na liderança do Campeonato Italiano e com amplas condições de interromper a sequência de oito títulos da Juventus. As duas equipes estão empatadas na primeira posição com 54 pontos sendo que a Internazionale leva vantagem nos critérios de desempate. Fazia bastante tempo que a Internazionale não se agigantava tanto dentro de campo. E fazia bastante tempo que o torcedor nerazzurri não se enchia de esperanças de que os anos dourados do seu time do coração podem ter voltado. E logo com uma virada impensável sobre um Milan que se apequena cada vez mais.
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É bem verdade que Internazionale e Milan fizeram uma partida até certo ponto equilibrada no primeiro tempo. O time de Stefano Poli começou um pouco melhor com Rebic fazendo boa dupla com Théo Hernández pelo lado esquerdo no 4-4-1-1 rossonero e forçando bastante pra cima de Godín e Candreva. Aos poucos, a equipe de Antonio Conti foi se achando e explorando bem os movimentos do 5-3-2 preferido do treinador italiano. O grande problema, no entanto, era a facilidade com que Ibrahimovic, Çalhanoglu, Rebic e companhia conseguiam circular entre as linhas da Internazionale e explorar os espaços às costas dos alas Candreva e Ashley Young. Mesmo assim, os dois gols rossoneros saíram de duas bobeiras da defesa nerazzurri. A primeira em bola levantada na área e escorada por Ibrahimovic para Rebic mandar para as redes, e a segunda marcada pelo próprio sueco depois de cobrança de escanteio nos acréscimos da primeira etapa. Mas ainda havia muita água pra correr nesse rio.
Apesar do jogo equilibrado na primeira etapa, o Milan conseguiu aproveitar melhor as chances que teve e marcou duas vezes antes do intervalo. O 4-4-1-1 de Stefano Poli levava uma certa vantagem sobre o 5-3-2 de Antonio Conti na Internazionale muito por conta da boa atuação de Çalhanoglu, Rebic e Théo Hernández.
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O segundo tempo trouxe uma verdadeira avalanche preta e azul no Estádio Giuseppe Meazza. Com muito mais compactação e intensidade nas suas transições, a Internazionale chegou ao empate com dois gols em dois minutos. Primeiro com Brozovic (em belíssimo chute da entrada da área) e depois com Vecino (após lance revisado pelo VAR). E a virada veio com o holandês De Vrij após cobrança de escanteio. E isso aos 25 minutos da segunda etapa. Stefano Poli mexeu no time do Milan (com as entradas de Rafael Leão, Lucas Paquetá e Bonaventura) mas não alterou seu desenho tático básico. Ibrahimovic teve a chance de empatar aos 44 minutos, mas acabou esbarrando na trave. E a cereja do bolo viria aos 48 minutos com o belga Lukaku completando cruzamento de Moses do lado direito. Era o gol que completava uma virada histórica e coloria o Giuseppe Meazza de preto e azul. Mais do que a organização do 5-3-2 de Antonio Conti, foi a fibra de toda a equipe da Inter que fez a diferença.
A Internazionale voltou do intervalo com outra postura e conseguiu empatar a partida com dois gols em dois minutos. Com o time mais compactado e mais ligado, a virada (até então impensável) aconteceu mesmo com a melhora de produção do Milan após as mexidas de Stefano Poli.
Essa virada da Internzionale sobre o Milan entra para a história não apenas pelas circunstâncias no jogo, mas por todo o cenário no Campeonato Italiano. É o tipo de resultado que dá uma moral imensa para a equipe nerazzurri seguir brigando pelo título e pelo fim da sequência de títulos da rival Juventus. Ao mesmo tempo, também é a consolidação de um estilo de jogo e de uma estratégia bem definida do técnico Antonio Conti. Seu 5-3-2 ficou conhecido quando comandou a Seleção Italiana na Eurocopa de 2012 e quando conquistou a Premier League com o Chelsea. O italiano vinha um pouco em baixa por conta de questões de relacionamento na equipe inglesa e ganhou nova chance na Internazionale. Mesmo com a eliminação na Liga dos Campeões, a equipe de Milão segue firme na briga pelo Scudetto e com condições de bater de frente com a poderosa Juvenuts. Ao mesmo tempo, jogadores como Lukaku, Eriksen (que entrou muito bem no jogo), Brozovic e Vecino mostram uma adaptação incrível ao esquema tático de Antonio Conti.
Só o tempo vai dizer se a Internazionale vai aproveitar a moral conquistada com essa vitória sobre o Milan. Mas esse é o tipo de jogo que já entrou para história. Não somente pelo resultado num clássico do tamanho do Derby de Milão, mas por todo o cenário. A Inter mostrou que ainda é gigante e que pode reviver seus melhores anos.
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