Com o surto, atletas da China estão tendo dificuldades de competir em edições do Grand Slam. Esses torneios dão pontos para a classificação olímpica
A situação dos judocas chineses é delicada neste momento. Pelo menos no que se refere ao processo classificatório para as Olimpíadas. Tudo por causa do surto do coronavírus. A doença que já matou mais de 700 pessoas está desafiando o mundo e fazendo os países adotarem medidas contra o aumento do surto. Só que essas medidas tem justamente atrapalhado esses atletas da China.
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O caso mais recente aconteceu neste final de semana. Neste sábado (9), começaram as lutas do esperado Grand Slam de Paris. Nenhum atleta chinês está competindo. A razão para isso é que a embaixada da França na China está fechada por causa do surto do coronavírus. Assim, nenhum atleta chinês conseguiu tirar o visto para viajar para o país europeu.
O presidente da Federação Internacional de Judô (IJF), Marius Vizer, disse que está muito preocupado com essa situação. De acordo com ele, a entidade está procurando uma solução para o problema. Vizer afirmou que já entrou em contato com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para buscar uma solução conjunta para o caso. Uma ideia seria aumentar o período de pontuação para os atletas da China.
Essa é uma questão mais delicada do que a vista em outras modalidades. Isso porque na maioria dos outros casos, os eventos foram adiados ou até cancelados para todas as nacionalidades. Neste caso, o Grand Slam de Paris seguiu sendo realizado normalmente. Ou seja, atletas dos outros países puderam competir e somar pontos. Mas enquanto isso, os chineses vão ficando para trás.
Reunião
Membros da IJF se reuniram neste sábado (9) para discutir a questão e tentar chegar em uma solução. Vizer disse que os atletas chineses não podem ser injustiçados. “Em breve veremos os resultados de nossas negociações e estamos a caminho de propor uma cota de participação para atletas chineses. A ideia é portanto fazer com que essas chances perdidas de pontuação sejam recuperadas por eles ainda antes das Olimpíadas”, completou o presidente da entidade.