Em entrevista exclusiva ao Torcedores, Oscar Schmidt também conta como era a relação com o ‘pequeno’ Kobe
A morte de Kobe Bryant devastou todo o mundo do esporte e muitos brasileiros, mas, um em especial, deve ter sentido mais a tragédia com o camisa 24 dos Lakers: o “mão santa” Oscar Schmidt.
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“Foi uma pancada”, relata Oscar ao contar como recebeu a notícia da morte de Bryant, em entrevista exclusiva ao Torcedores.
Mais do que colegas de profissão, Oscar e Kobe tinham uma relação mútua de admiração, que incluía o brasileiro ser apontado como ídolo de Bryant pelo próprio norte-americano.
“Isso é uma coisa de outro mundo, né? Pensa, o cara é um dos maiores jogadores de todos os tempos e me admira? Sempre tive muita gratidão por isso e gosto de pensar que éramos amigos. Porque o mesmo respeito que ele tinha por mim, eu tinha por ele. Admirava muito ele, como jogador e pessoa”, diz o eterno camisa 14 da seleção brasileira.
A relação entre os dois vem desde quando Kobe era criança: Oscar e Joe Bryant (pai de Kobe) foram adversários nos anos 80 e começo da década de 1990 no Campeonato Italiano de basquete. Oscar Schmidt conta como era o ‘pequeno’ Kobe.
“Desde pequeno, ele já era fascinado por basquete. Ficava ali, do lado da quadra, com os olhos brilhando; no intervalo, não perdia tempo, entrava na quadra e ficava arremessando. Era preciso quase arrastar ele para fora da quadra, porque ele não queria sair de lá. Estava na cara que ele seria jogador de basquete”, afirmou o ídolo brasileiro.
Kobe perto de Michael Jordan?
Quem é melhor, Kobe Bryant ou Michael Jordan? Questionado pela reportagem sobre as lendas norte-americanas, Oscar Schmidt deu a sua versão para o debate.
“Eu vi recentemente uma frase que me marcou muito: o Kobe foi o Michael Jordan para quem não viu o Michael Jordan jogar. É isso. Não há como definir melhor. Dá para dizer sem medo algum que ele foi tão grande quanto o Michael Jordan para o basquete”, analisou.
Vale ressaltar que a frase citada por Schmidt foi escrita pelo jornalista da ESPN Andre Kfouri.
“Eu acredito que cada jogador acrescenta algo ao esporte. No caso do Kobe, ele tinha uma determinação e uma humanidade muito grande; era um jogador culto, inteligente, que fazia questão de ser grande não apenas dentro da quadra, mas também fora dela, e isso eu acho que é uma lição importante para aqueles que estão vindo. O que você é, na quadra, é um reflexo daquilo que você é fora. Então, seja grande não apenas no jogo, mas também na vida”, finaliza o “mão santa”.
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