Colunista do Torcedores analisa começo de ano do Tricolor e compara com rivais paulistas
Manter o treinador e o elenco. Caprichar na pré-temporada, se expondo o menos possível. O São Paulo seguiu a tal “receita do sucesso” para 2020. Mesmo sem muita convicção por parte da diretoria, Fernando Diniz continuou, teve tempo para trabalhar, recebeu as contratações definitivas de Tiago Volpi e Vítor Bueno e não teve nenhum de seus titulares negociados – pelo menos por enquanto. Fora Igor Gomes e Antony, na seleção pré-olímpica, estão todos ali. Hernanes se recuperou. Everton também…
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Nenhum dos rivais do São Paulo no Estadual que está começando teve esse privilégio. Palmeiras e Corinthians trocaram seus técnicos, suas propostas de jogo, tiveram a tal da Flórida Cup e jogos “oficiais transmitidos pela TV, mexeram nos times-bases, modificaram boa parte de seus elencos e ainda são incógnitas para o início das disputas. O Palmeiras ficou com o troféu do torneio nos EUA, mas o time titular do Corinthians teve momentos melhores. Enfim, tudo muito cru ainda.
O Santos nem se fala. Substituiu um técnico personalista argentino por um português, de estilo completamente diferentes. Perdeu titulares importantes, contratou pouco. Parece bem mutilado, se compararmos ao time que surpreendeu com o vice-campeonato brasileiro.
Por todo esse contexto, é o São Paulo quem tem a obrigação de largar bem no Paulistão. Desde o primeiro jogo. contra o Água Santa, no Morumbi. Desde o primeiro clássico, contra o Palmeiras, em Araraquara.
Fernando Diniz e os jogadores serão cobrados, por resultados, dedicação e atuação, e precisam estar preparados para isso.
Muito cedo? Estadual não mede muita coisa? O São Paulo e Diniz perderam o direito de errar. O clube está na fila, não vence um título importante há uma década (e o Paulista desde 2005) e passou a ser freguês de seus rivais domésticos neste período. O técnico fracassou no Athletico e no Fluminense, fez um trabalho apenas razoável no Morumbi no segundo semestre do ano passado e joga uma cartada decisiva na carreira.
O São Paulo e Fernando Diniz não têm mais créditos. Pode ser cruel e desproporcional para primeiros jogos de uma temporada, mas é a realidade. Só o Tricolor será olhado com lupa desde a primeira partida que disputar. Esse é o ônus de quem errou tanto na última década.
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