Home Extracampo Por medo de doenças degenerativas, Escócia quer proibir crianças de cabecear bolas

Por medo de doenças degenerativas, Escócia quer proibir crianças de cabecear bolas

Estudo britânico divulgado no final de 2019 mostrou um link entre o futebol e doenças degenerativas. Escócia quer regulamentar questão no país

Aécio de Paula
Colaborador do Torcedores.com.

Estudo britânico divulgado no final de 2019 mostrou um link entre o futebol e doenças degenerativas. Escócia quer regulamentar questão no país

“Pode ir ao treino. Mas não pode cabecear a bola”. Esta frase, que pode parecer estranha em um primeiro momento, pode virar lei na Escócia. O país pretende regulamentar a participação de crianças em treinos de escolinhas de futebol. Isso porque no final do ano passado, um estudo britânico revelou que há uma relação entre futebol e doenças degenerativas, como a demência, por exemplo.

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A ideia é proibir que crianças com menos de 12 anos de idade comprometam a saúde mental. Nos Estados Unidos, já existe uma lei semelhante desde 2015. Mas foi o lançamento do estudo da Universidade de Glasgow que apertou o start na preocupação britânica. A Associação Escocesa de Futebol afirmou nesta quinta-feira (16) que está finalizando uma proposta oficial sobre o assunto.

De acordo com o estudo, ex-jogadores profissionais analisados tiveram um percentual de morte por doenças neurodegenerativas 3,5 vezes maior do que o considerado normal pela comunidade científica internacional. Além disso, as chances de um ex-atleta de futebol ser afetado pela doença de Alzheimer é cinco vezes maior do que o considerado normal pelos cientistas.

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Preocupação

Um representante da Associação Escocesa de Futebol falou sobre o assunto em entrevista ao jornal britânico The Guardian. “Estamos de olho desde a publicação do estudo da Universidade de Glasgow sobre a influência do futebol na saúde ao longo da vida. Sobre o vínculo entre futebol e demência no final do ano passado. A Federação Escocesa trabalhou em estreita colaboração com os autores da pesquisa”, disse a fonte.

“Estamos portanto examinando as etapas práticas que o esporte nacional neste país pode adotar para minimizar o risco na área de traumatismo craniano”, completou ele.

Mas cientistas são unânimes em afirmar que ainda não há motivo para pânico. Isso porque todas as pesquisas ainda estão em fase inicial de estudo. A própria Associação de Lesões Cerebrais de Headway ratificou este ponto. “É compreensível que treinadores e pais estejam procurando esclarecimentos sobre esse assunto. Portanto, é vital que mais pesquisas sejam conduzidas para entender completamente quais riscos ou se eles realmente existem. Ainda precisaríamos saber se estariam relacionados à criação de bolas de futebol modernas leves, completa.

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