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Documentário acusa Federação de Halterofilismo de “cultura de corrupção”

Produção alemã foi ao ar neste domingo (5). O documentário acusa o presidente da Federação de Halterofilismo de manipulação de exames por décadas

Aécio de Paula
Colaborador do Torcedores.com.

Produção alemã foi ao ar neste domingo (5). O documentário acusa o presidente da Federação de Halterofilismo de manipulação de exames por décadas

Uma bomba caiu sobre o mundo do Halterofilismo. Um documentário alemão exibido neste domingo (5), acusou toda a Federação Internacional da modalidade (IWF) de estabelecer uma “cultura de corrupção”. Além disso, o documentário afirma também que existem manipulações de exames de atletas há muito tempo. O grande alvo nominal da acusação é o presidente da Federação, Tamás Aján.

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O documentário alega que existiram encobrimentos no mundo do levantamento de peso. Esses encobrimentos envolveriam portanto dados falsos de doping e de finanças da entidade. Além disso, o documentário mostra um diálogo com um suposto medalhista olímpico. Neste diálogo, este medalhista afirma que inclusive crianças de 13 anos de idade já estão se dopando em países como a Tailândia, por exemplo.

O documentário alemão foi produzido pela emissora ADR, também da Alemanha. Trata-se da mesma emissora que também divulgou escândalos de doping na Rússia. Ainda de acordo com a produção, os atletas do levantamento de peso quase nunca eram submetidos a testes antidopagem. Quando isso acontecia, controladores recebiam dinheiro pela alteração dessas amostras.

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O programa

O nome do documentário é “Secret Doping – O Senhor dos Levantadores”. De acordo com a produção, milhões de dólares pagos à Federação Internacional de Halterofilismo não foram sequer contabilizados. Esse dinheiro teria sido pago pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que não está entre as entidades denunciadas pelo documentário. Por outro lado, a Agência Nacional Antidopagem da Hungria (HINADO) foi amplamente citada na produção.

É que o documentário mostra práticas no mínimo questionáveis da agência húngara. Essas práticas ilegais teriam sido favorecidas pela própria IWF. Além disso, um médico da equipe da Moldávia afirma em entrevista na produção que “testes limpos” podem ser comprados por cerca de 60 dólares.

Estima-se que cerca da metade dos 450 medalhistas mundiais e olímpicos entre 2008  e 2017 não foram sequer convocados a realizar algum teste antidoping. Esse é um dado informado pelo documentário. Não há nenhum dado oficial acerca desse número.

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A resposta

Em entrevista, membros da IWF responderam algumas questões do documentário. “A IWF está atualmente traduzindo e revisando o programa de TV de hoje e está particularmente preocupada com as revelações sobre o que pode ter sido o doping sistemático de atletas juniores.”

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“Em meio a várias aparentes falsidades, alegações sem fundamento e rumores não comprovados desde 2008, parece haver algumas informações novas incluídas no programa que podem ser úteis aos esforços da IWF para promover o levantamento de peso limpo e proteger o esporte limpo.”

“A IWF se moverá muito rapidamente para investigar as questões levantadas no programa o mais rápido possível, e solicitou as transcrições e os materiais de pesquisa. A IWF leva muito a sério essas alegações e, quando apropriado, considerará assistência de terceiros independentes na investigação desses assuntos”, completa a nota.

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